quinta-feira, 13 de novembro de 2014

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89ª Entrevista do FLAMES: Club Banditz (dupla de músicos portugueses)


Club Banditz


Gostas de música electrónica? Se sim, fixa bem este nome, porque esta dupla portuguesa veio para ficar! O single "Endless Sunrise" já faz furor nas rádios nacionais e conta com a voz do cantor norte americano Jonny Rose. Já percorreram o mundo, mas são originários da fantástica cidade do conhecimento: Coimbra.
Vamos então chateá-los com perguntas :)

A todas as bandas o FLAMES pergunta...

Porquê a escolha deste nome para a banda? 
Este nome foi um pouco ao acaso. Nós na altura... há 4 anos atrás, queríamos algo de diferente, algo que marcasse. Não queríamos que fosse algo como "DJ qualquer coisa...". Queríamos mesmo algo... diferente... queríamos criar uma marca. Criar um conceito. Na altura surgiu este nome, gostámos, e criou-se assim o conceito. 

Como se conheceram, e como decidiram começar a tocar juntos? 
Nós já somos amigos há mais de 10 anos e já tínhamos uma carreira individual, a solo, cada um. Como somos amigos há bastante tempo e como partilhávamos, e partilhamos, o mesmo gosto musical, a mesma ideologia musical, pensámos "porque não nos juntamos e criámos um projecto os dois" e levá-mo-lo para a frente. Basicamente foi isso.  

Lembram-se da primeira vez que tocaram juntos? Onde foi? 
(risos)
Hum... foi no Algarve... não... Foi na capital. Foi em Lisboa. Mas a primeira vez que Club Banditz tocou oficialmente foi na Queima das Fitas de Coimbra de 2010...

Ah... então às tantas ouvi-vos. Estive lá...
(risos) Era naquela tenda maior... Foi a primeira vez que tocámos como Club Banditz. Entretanto já regressámos à Queima e dessa última vez já estivemos no palco principal. 

Quais são os artistas que mais vos inspiram? 
Nós crescemos a ouvir Daft Punk.. mas também apanhamos aquela onda mais metal... Mas uma das maiores influências do Projecto, desde que começamos, foi Swedish House Mafia. Não são só estas, mas estas são as principais influências...

Qual é o local onde mais gostariam de actuar? 
(risos) Essa pergunta... (risos)...
Nós por acaso temos a felicidade de já ter tocado em muitos países, pelo mundo inteiro. Tocamos em mais alguns países do que noutros, como no Brasil.. Mas assim mais a nível de eventos.. talvez tocar no palco principal do Tomorrowland... ou então no Ultra Music Festival...
Mas mais do que isso, era ter uma cena só nossa no Madison Square Garden ou num Brixton Academy. Ou um ou outro. Mas uma cena só nossa e encher tudo por nossa causa e não por ser um festival. Encher por nossa causa um Madison Square Garden seria uma felicidade extrema. 

Que cartaz ou mensagem gostariam de ver ser erguida no meio do público durante um concerto vosso? 
(risos).. Já recebemos várias...algumas bastante loucas. Mas mais lá fora!
Talvez "In Club Banditz we trust"... não sei!
As melhores mensagens que nós podemos receber são de apoio por parte do público. Dizerem-nos que gostam do nosso trabalho, das nossas músicas, daquilo que nós produzimos. Isso é o fundamental. Um artista sem público não é nada! Não é ninguém... Todas as demonstrações de carinho e de reconhecimento por parte do público.. tudo isso é a melhor mensagem que nos podem dar. É isso que nos faz continuar a trabalhar... Porque é para o público que nós trabalhamos. 

Lembram-se de alguma situação caricata que já vos tenha ocorrido juntos? 
Ui... (risos)

Daquelas que podem ser contadas claro... 
Uma vez estávamos a tocar, e o pessoal estava todo ao rubro. E estava tudo a fazer Champanhe Shower. Toda a gente pegava no champanhe e rebentava o champanhe, percebes? Era toda a gente... nos camarotes, na pista, em todo o lado! Entretanto houve uma miúda que subiu à cabine, nem sei como... Entretanto, desequilibrou-se e para se agarrar, pegou nos fios... nos cabos, e levou tudo atrás.. Foi a mesa, foram os CD Jotas...

Ui... (Risos
(Risos) Tudo.. e então o som pára! Aquilo foi tudo muito rápido.. em 30 segundos os CD Jotas que caíram, todos cheios de champanhe... foram colocados no stage outra vez... e o som voltou! E aí pensámos... "bem, estes CD Jotas da Pioneer são realmente algo surreal!" Essa foi talvez uma das situações mais caricatas que já nos ocorreu. 

Aos  Club Banditz o FLAMES pergunta...

Na música "Endless Sunrise", contaram com a participação do cantor norte americano Jonny Rose. Contam fazer mais participações com ele, ou têm na manga outras participações que possam já partilhar? Talvez alguém em Portugal… 
Sim... mas nós com o Jonny Rose trabalhamos de forma diferente. Normalmente costumamos mostrar-lhe as nossas ideias.. É que a maior parte dos artistas fala com ele e diz "canta para esta melodia", nós com ele tem sido completamente diferente. Foi o que aconteceu com o Endless Sunrise, ele ouviu e disse "Eu quero cantar esta música porque realmente acho que tenho a inspiração certa". Foi um processo que, no fundo, durou 48horas


Vocês têm corrido o mundo e feito dançar milhões de pessoas por aí fora… Conseguem apontar algumas diferenças entre as pistas de dança de lá fora e as portuguesas? 
(Risos) Essa é uma pergunta um bocado... (risos)
É só porque... da maneira como Portugal está hoje em dia... Quer dizer, nem é só hoje em dia! Isto já vem pelos menos de há 2 anos. Isto porque, há uns 2 anos começou a correr nas pistas de dança a música mais abrasileirada. Entretanto, saiu de moda e agora é o kizomba e isso...
Portugal, por este andar, e falando em música electrónica, resume-se ao Verão.. aos festivais, às festas maiores... ao Algarve.. aos clubes que abrem no Verão.. e apostam mais nessa onda.
Basta as pessoas irem ao facebook e vêm o tipo de artistas que essas casas levam que é tudo à base do mesmo.
Mas o mais impressionante é o público que apanhamos nos USA. Parece que têm uma pilha lá dentro. Parece que levaram um Harlem Shake!
É que o público português que gosta de música electrónica e que se poupa o ano inteiro para depois ir aos festivais é um público fantástico para se tocar. Aliás nós tocamos na Queima das Fitas em Coimbra antes do DJ Hardwell e vimos a energia que foi! É diferente do público no Brasil ou em França onde vivem isto o ano inteiro. Vivem a festa como se fosse o último dia.
Mas agora há festival que já trazem DJ's com bons espectáculos de pirotécnia e imensos braços no ar. É nesse sentido que nós estamos a evoluir. Nós tentamos produzir a nossa música sem nos prostituirmos tocando o que os outros querem... e tentar criar a nossa fan base. Porque quando as pessoas criam a sua fan base, quando elas vão ouvir alguém tocar, os seus amigos vão atrás. É por isso que há poucos artistas portugueses que tocam lá fora, mas que quando tocam, enchem as casas e é isso que importa. Os fenómenos de um ano só acontecem porque as pessoas vão. Por isso eles conseguiram conquistar o mercado deles. Da nossa parte o que nós queremos é transmitir boas energias e esperar que as pessoas gostem da nossa música.

Isso prende-se muito com a pergunta seguinte porque, já entrevistámos outros artistas de música eletrónica, e eles têm-nos reportado que hoje em dia sentem uma grande diferença na forma como este estilo musical é aceite, por exemplo, em festivais. Vocês sentem isso também? Ou seja, o público está cada vez mais aberto para a música electrónica? 
Claro que sim porque é a nova tendência, quer dizer, não é a nova, mas é aqui em Portugal. Antigamente nunca se esperava a presença de DJs. Não se esperava que o Tomorrowland enchesse e esgotasse. Agora em todo o lado há festivais de música electrónica. Ninguém esperava que uma revista que só falava de rock como a "Rolling Stones" hoje em dia já fale de música electrónica. Até no Top 100 da Bilboard antigamente era impossível que um DJ lá entrasse. Nunca se esperava que alguém como o Calvin Harris pudesse destronar o próprio Michael Jackson.
As pessoas têm de ter a noção que os DJs neste momento são os artistas POP de há uns anos.

Em que é que normalmente vocês se inspiram para criar as vossas músicas? 
Isso depende muito. Nós ouvimos muita música, vários géneros musicais. Normalmente começamos as nossas produções pela parte melódica, construímos a música à volta da melodia. Isso tudo depende. O processo criativo não é estável, depende do dia, da inspiração, do estado de espírito, do que andámos a ouvir no momento ou no dia anterior.  E depois isso passa muito também pela parte da produção. Não dá para definir muito bem. Depende de muita coisa.

Que novos projectos têm em mente e onde vos podemos encontrar nos próximos tempos?
Temos uma nova música que vai sair no próximo mês. Será uma música bastante diferente. Temos uma nova música que vai sair entretanto também em colaboração. Vamos ter um remix de uma música dos Like Us.
Em termos de Tour... vamos tocar em França, Chipre, Brasil, França novamente e depois, esperamos, Portugal. A 11 de Abril vamos tocar para os prémios de uma rádio. E depois temos 2 datas para os Açores.

Muito obrigada João e Gonçalo pelo tempo e simpatia.


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